quarta-feira, 18 de junho de 2014

A Nova Direitinha... da treta.

http://www.publico.pt/portugal/noticia/nao-lhes-caem-os-parentes-na-lama-por-serem-de-direita-1639615

Um chorrilho de disparates é o que se pode ler neste artigo, a sair da boca desses novos intelectuais de "Direita". Fala-se no artigo claro de uma Direita moderna (moderníssima), sofisticada, cosmopolita e etc., apascentada no Gambrinus e que faz as compras de Natal na 5ª Avenida em Nova Iorque. Esta "Nova Direita" está muito preocupada com o ultramontanismo e não quer ser de modo algum conotada com o miguelismo, o reaccionarismo, o salazarismo e outras coisas tais. João Pereira Coutinho, Henrique Raposo, Jaime Nogueira Pinto, Pedro Mexia e Pedro Lomba surgem como figuras desta Nova Direita, e até isso é falso. Onde está a novidade? Já andam por cá há muitos anos, a escrever, a dar conferências, a aparecer na televisão. Perfeitamente integrados no regime. Privilegiados dentro do regime. Nem uma só voz inconformista, quanto mais dissidente. Tremem à ideia do socialismo, fazem a crítica do materialismo histórico e do socialismo científico de Marx, como tantos outros antes deles. Nem sequer se percebe onde está o conservadorismo. São liberais economicamente e em costumes, Raposo defende o modelo da monarquia liberal e cartista. O único conservadorismo é a defesa do statu quo, a vida corre-lhes bem na 3ª República. São profundamente influenciados pelos modelos anglo-saxónicos e pretensamente por Burke, filhos órfãos de Reagan e Thatcher, que beberam do seu seio o leite do neoliberalismo. Até nisso fogem à tradição conservadora nacional tão influenciada por pensadores franceses e italianos: de Maistre, Action Française, Charles Maurras, Vilfredo Pareto, Gaetano Mosca. Nem sequer uma referência aos portugueses: António Sardinha, Alfredo Pimenta, Goulart Nogueira, Manuel Maria Múrias, muito menos a um António José de Brito. Salazar tem as costas largas para estes intelectuais: um maroto. Como homem inteligente Salazar devia estar-se marimbando para conceitos obtusos como Esquerda e Direita. Com todos os seus defeitos, Salazar estava a anos-luz destes burgueses pós-modernos. A intelectualidade bem pensante citadina da Capital, esquerdista ou direitista, nunca lhe perdoou ter saído da província, de um lugarejo perdido no mapa, ser filho de gente humilde e pobre e não ter estudado em Oxford ou Harvard, e mesmo assim ser melhor que todos eles. Sim, porque o Estado Novo e Salazar, com todos os defeitos que lhe acho, foi ainda assim um dos períodos mais esperançosos da História de Portugal. Para Henrique Raposo não. Lança uma pérola de boçalidade, classificando a 3ª República e a monarquia liberal da Carta Constitucional como as melhores épocas da História do nosso país! Alguém esteve desatento nas aulas de História. Estamos conversados quanto a esta "Nova Direita". A Oeste nada de novo.
 

quarta-feira, 4 de junho de 2014

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Para o seu primeiro número os Cadernos Jünger aceitam resenhas de livros de Jünger, notícias sobre o mundo de Ernst Jünger e artigos até 5 páginas A4, TNR 12, 1,5 espaços, notas de fim de texto. Envio das colaborações até 31 de Julho de 2014. Textos em português, castelhano, francês ou inglês.

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